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quinta-feira, 31 de março de 2011

Oposição critica corte no Minha Casa, Minha Vida

Parlamentares dizem que governo tenta compensar gastos do período eleitoral


Os líderes do DEM e do PSDB na Câmara criticaram nesta segunda-feira (28) a redução, anunciada pelo governo, de R$ 5,1 bilhões na expectativa de investimentos do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, uma das bandeiras de campanha da presidente Dilma Rousseff.

O governo fez hoje o detalhamento do corte de R$ 50 bilhões que atingirá o Orçamento da União para este ano, anunciado no início no mês. O decreto sobre a redução nas despesas será publicado ainda no Diário Oficial.

O argumento do governo para reduzir de R$ 12,7 bilhões para R$ 7,6 bilhões a previsão de recursos para o Minha Casa, Minha Vida é que o Congresso ainda não aprovou a fase dois do programa, tema de uma MP (Medida Provisória) que tramita na Câmara.

Para ACM Neto (DEM-BA), o corte no programa habitacional é simbólico, já que o programa habitacional foi uma das principais bandeiras do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- A presidente começa a descumprir uma das suas promessas de campanha ao cortar o programa Minha Casa, Minha Vida. Este foi um dos principais símbolos da campanha dela.

O líder tucano, Duarte Nogueira (SP), criticou o corte também em outras áreas sociais, como repasses para as Apaes (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) e para a construção de creches. 


- É um corte mal feito. Há corte em investimentos e em áreas sociais, o que é lamentável. Tem corte no Minha Casa, Minha Vida, nos recursos para Apaes e nas creches.

Ele lembrou ainda as reduções nas previsões de investimentos.

- O corte está acontecendo na expectativa de incapacidade do governo de realizar as ações. O governo está cortando investimentos em um momento no qual teremos um desaquecimento da economia e os investimentos públicos seriam muito necessários.

ACM Neto ponderou que o corte ocorre em decorrência dos gastos realizados pelo governo no período eleitoral.

- Esse corte representa o preço que o Brasil está pagando pela farra da gastança eleitoral no governo passado, que também era um governo dela [de Dilma]. Foram estes excessos que geraram desequilíbrio fiscal.

Senado

No Senado, o tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), senador mais votado do país na eleição de 2010, também defendeu a tese de que o corte anunciado agora visa compensar os excessos cometidos pelo governo no período eleitoral.

- A farra acabou, a conta chegou. 

Em sua opinião, o Executivo poderia eliminar outras despesas sem mexer nos investimentos e preservando áreas como infraestrutura e educação.

O senador ainda voltou a criticar a estrutura da administração pública federal, que considera “inchada”.